sexta-feira, 2 de abril de 2010

O Elogio da Loucura

Há necessidade de falar aqui dos que professam as belas artes? O amor próprio é tão natural a todos que talvez não haja um só que não preferisse ceder seu pequeno patrimônio do que sua reputação de homem de gênio. Tais são, sobretudo, os atores, os músicos, os oradores (ditadores, "evangelizadores" estrategicamente sádicos) e os poetas. Quanto menos talento possuem, maior seu orgulho, sua vaidade, sua arrogância.

Todos esses loucos encontram, porém, outros loucos que os aplaudem; pois, quanto mais uma coisa é contrária ao bom senso, mais ela atrai admiradores; o que há de pior é sempre o que agrada a maioria; e nada mais natural, posto que, como já vos disse, a maior parte dos homens são loucos.
Ora, como os artistas mais ignorantes estão sempre satisfeitos consigo mesmos e gozam da admiração da maioria, eles procederiam mal se fizessem um esforço infinito para adquirir verdadeiros talentos, que afinal, apenas serviriam para fazer dissipar a idéia vantajosa que possuem do próprio mérito, para torná-los mais modestos e para diminuir em muito o número de seus admiradores.



Erasmo, em Elogio da loucura.


fonte: blog do Miguel Garcia

sábado, 19 de dezembro de 2009

Campeonato EJA de Futsal

           Envolvida com o processo de ensino-aprendizagem a Escola Doutor Trajano Nóbrega também se preocupa com o esporte e lazer dos estudantes da instituição. Dessa forma, no final do mês de novembro, ela deu continuidade as suas propostas educacionais voltadas, no momento, para o esporte. Assim, foi desenvolvido no ginásio da própria escola, o campeonato de futsal das turmas do programa de Educação para Jovens e Adultos e turmas convidadas.
           Voltado para a inclusão dos estudantes, o campeonato foi desenvolvido no horário da noite e contou exclusivamente com alunos da escola, tendo a comunidade em geral, prestigiado o evento, que segundo a direção e os presentes, desenvolveu-se de forma tranquila, agradável e acima de tudo bem proveitosa.
Dividido em duas etapas, na primeira etapa os jogos ficaram divididos em grupos, classificando o melhor colocado com a soma dos pontos obtidos, na segunda etapa, ocorreram as semifinais e consequentemente para os times classificados, a tão esperada final. Disputada entre os times do 2° Ano B EJA e do 1° Ano EJA, a grande final foi radiante, com dedicação dos competidores, e espiríto de equipe, ambas as equipes brigaram arduamente pelo título, e no fim a equipe do 2° Ano B EJA sagrou-se campeã do 1° Torneio Eja de Futsal, evento no qual teve a pessoa do funcionário Everaldo, conhecido como Verinha, o principal homenageado. 
           A direção da Escola Doutor Trajano Nóbrega avaliou o evento como muito positivo e afirmou que durante o próximo ano mais eventos desta natureza ocorrerão na escola, eventos que a classe estudantil espera com ansiedade.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Aprendendo História com Asterix


André Brown


A primeira vez que vi um álbum do Asterix foi em Nova Friburgo (RJ), na casa de um primo mais velho. Eu calculo que tivesse naquela época apenas 5 anos de idade e não era alfabetizado, mesmo assim, fiquei um bom tempo observando a capa e os quadrinhos coloridos no miolo da publicação.
Criado por René Goscinny e desenhado por Albert Uderzo para a revista francesa Pilote, Asterix, com seu excelente humor, se tornou em pouco tempo popularíssimo no mundo, sendo publicado em mais de 30 países.


A trama é simples: no ano 50 a.C., quase toda a Gália (o antigo nome da França) foi ocupada pelas legiões romanas de Júlio César. No entanto, uma pequena aldeia na Armórica (noroeste da França), onde mora Asterix, resiste milagrosamente às investidas do exército de Roma, acampado em quatro fortificações que a circundam – Babaorum, Aquarium, Laudanum e Petibonum. O milagre se deve à poção mágica inventada pelo druida (sacerdote) gaulês Panoramix. Ela confere força sobre-humana aos guerreiros da aldeia, que conseguem assim derrotar sucessivas vezes as apatetadas tropas inimigas. (VALVERDE, 1994).


O meu reencontro com os quadrinhos do Asterix aconteceu aos 12 anos de idade quando cursava a 6ª série. Nessa época, últimos anos da ditadura militar, eu era um aluno desinteressado pelas aulas de História. Não me sentia estimulado a decorar todas aquelas datas e vultos históricos.


Passei a gostar de estudar História depois das minhas leituras dos quadrinhos Asterix que além de engraçados, são muito bem desenhados e coloridos, trazendo informações interessantes sobre História Geral, o Império Romano, antigas civilizações e suas respectivas culturas, atualmente esquecidas por algumas escolas.


Alguns professores utilizam os quadrinhos do Asterix em suas práticas de ensino, como acontece no caso narrado a seguir:


Em vez de livros, quadrinhos. É assim que os alunos da 6ª série da Escola Nossa Senhora das Graças, da cidade de São Paulo, tiram proveito das aulas de História Geral e do Brasil. Para trabalhar o encontro de culturas, tema dessa série na escola, as professoras Andréia Montellato e Conceição Aparecida Cabrini incluem no material didático histórias em quadrinhos de Axterix, personagem criado na França, em 1958, e que ganhou milhares de fãs pelo mundo.
(...) A história escolhida para o trabalho é O Domínio dos Deuses, que trata de dominação cultural. No final, vem a melhor parte: a classe é dividida em grupos e cada um deles monta uma história em quadrinhos baseada na leitura de Asterix. (REVISTA NOVA ESCOLA, 2000)


Lembrando minha experiência de aprendizado com as histórias em quadrinhos de Asterix e conhecendo outras de leitores, professores e alunos, percebo o potencial dos quadrinhos para ensinar, ampliando meu interesse pela pesquisa dos usos (CERTEAU, 1994) dos quadrinhos na Educação.


Referências Bibliográficas:


CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano – as artes de fazer. 8ª ed. Petrópolis: Vozes, 1994.
VALVERDE, Ricardo. O irredutível Asterix faz aniversário. BUUUMM!!! HQ, Rio de Janeiro, 1994, nº 2, p.15.
REVISTA NOVA ESCOLA. Quadrinhos tratam as diferenças com humor. Edição Especial – Parâmetros curriculares Nacionais – PCN – de 5ª a 8ª série. São Paulo, Editora Abril, 2000.p.16.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009


Sucuri
A sucuri, também conhecida como anaconda, é uma cobra sul-americana da família Boidae, pertencente ao género Eunectes. Tem a fama de ser uma cobra enorme e perigosa . Existem quatro espécies, das quais as três primeiras ocorrem no  Brasil:
  • Eunectes notaeus, a  sucure amarela, menor e endêmica da zona do pantanal;
  • Eunectes murinus, a sucuri verde, maior e mais conhecida, ocorrendo em áreas alagadas da região do  cerrado e da amazônia, sendo que, neste último bioma, os animais costumam alcançar tamanhos maiores;
  • Eunectes deschauenseei, a sucuri malhada, endêmica da Ilha de Marajó; e a
  • Eunectes beniensis, a   sucuri da bolivia.
São ainda conhecidas como arigbóia, boiaçu, boiçu, boiguaçu, boioçu, boitiapóia, boiuçu, boiuna, sucuriju, sucurijuba, sucuriú, sucuruju, sucurujuba e viborão.

                                                          Vegetação do Semi Árido



terça-feira, 22 de setembro de 2009

Semana da Cultura

A escola estadual Dr. Trajano Nobrega está realizando dos dias 18 a 22 de setembro a feira de ciências, envento promovido pela direção, professores e alunos. Toda a escola está envolvida nas apresentações dos projetos desenvolvidos durante o ano letivo, o resultado das atividades que foram trabalhadas em sala de aula estão espoxtas em salas abertas para visitação da comunidade. A feira de ciências teve como solenidade de abertura um evento promovido no anfitreatro da escola, estavam presente o diretor adjunto, Anizio Gomes, que abriu o evento, ministrando sábias palavras a todos os presentes. Encontravam-se presentes o corpo docente da escola, além dos alunos e da banda filarmônica Manoel Belarmino de Lima que execultou os hinos nacional e de Soledade, além de belissímos dobrados.
Como parte do projeto de comunicação dos Professores Anizio Gomes e Marcelo Avelino, os alunos Cassio Emanuel, Geano ramos, Laize, Luiz Augusto e Robson fizeram entrevistas à alguns professores da escola, com o intuito de divulgar o evento para a comunidade em geral.

Perguntas das entrevistas

1- Qual é o seu nome, e qual disciplina você leciona?
2- Quanto tempo você leciona nessa escola?
3- O que é o seu projeto?
4- Qual a temática principal?
5- Com que finalidade foi realizada esse projeto?
6- O que motivou a realização deste projeto?
7- Qual o público alvo do projeto?
8- Esse projeto foi trabalhado em sala de aula? Durante quanto tempo?
9- Existe alguma ligação entre o conteúdo didático e a formação do cidadão?
10- Qual o resultado esperado do projeto?
11- Como está a apreciação pública do projeto?

Entrevista com o professor de física Cosme Marques.

1- Prof. Cosme marques
2- seis meses
3- experimentos de física
4- a parte experimental da física
5- com a finalidade de mostrar que a física é interessante
6- ver os alunos participando e se interessando pela física
7- os estudantes da escola e do município
8- não foi trabalhada, mas foi durante uns dias
9- há ligação, pois faz parte do cotidiano
10- espero que seja produtivo.


Entrevista com a professora de química, Karla Tavares.

1- karla tavares,química
2- leciona a seis meses
3- reações químicas
4- mostrar que determinadas coisas que acontecem não são mágica são apenas reações químicas
5- que de mais um pouco de entendimento sobre química aos alunos
6- os alunos pedindo para o realizá-lo
7- os visitantes
8- de certa forma, durante 2 meses
9- com certeza
10- atingir o público e mostrar a integração com os visitantes


Entrevista com a professora de Geografia, Jailma.

1- Prof. Jailma, geografia
2- Há 5 meses
3- Impactos ambientais locais
4- Que as pessoas se conscientizem para não prejudicarem mais o meio ambiente de que nós somos os culpados do aquecimento global
5- A interação para que eles possam aprender sobre os impactos ambientais locais
6- Como minha disciplina é geografia eu entrei em acordo com a prof. Klivia de ciências, um tema que está na mídia e está sendo muito discutido
7- Todos os públicos em geral, porque se observarmos este assunto atinge todos os públicos principalmente nossas crianças que são nosso futuro
8- Foi trabalhado durante 4 semanas fizemos passeios por toda Soledade
9- Muita coisa, conceitos de educação com o meio ambiente, passar que não existe aterro sanitário em Soledade, o lixo é jogado nos esgotos, não tem rede de esgoto, entre outras coisas
10- Espero que a mensagem que estamos passando para os alunos e a população se conscientizem, e que as pessoas cobrem nossos direitos para que Soledade venha a ter um aterro sanitário.
11- Não dá pra se ter uma conclusão porque estou deixando com os meus alunos e não posso ter uma conclusão real do meu projeto.

Jogos Internos da Escola Dr Trajano Nobrega

Foi realizado esta semana, dia 18 e 19 de setembro os jogos internos da escola Dr Trajano Nobrega, o evento foi promovido pela direção da escola, juntamente com os professores de educação física em conjunto com os demais professores.
Realizado em duas etapas, o dia 18, foi reservado para a aplicação dos jogos masculinos, ocorrendo assim disputas em três categorias de futsal masculino, a primeira categoria foi a de futsal mirim, sendo campeã a equipe juventos e a vice a equipe Águias Verdes. No futsal infantil sagrou-se campeã a equipe Los Feras e como vice a equipe do Liverpol. Logo após, deu-se início a categoria do futsal juvenil, as equipes demonstravam muita garra e dedicação para alcançar o título de campeã do torneio, bastante empolgante e animada a disputa levou os alunos da escola a torcer por uma das equipes, o que animou bastante o evento, nessa categoria a equipe dos Jackons sagrou-se campeã depois de uma bela trajetória de vitórias e a equipe do Real city conseguiu alcançar a segunda colocação.
No sábado, dia 19, o evento foi reservado para as disputas femininas, um dia em que as alunas puderam realizar disputas saudáveis em busca de um objetivo comum, a vitória. Nesse dia, realizou-se disputas de baleada e a equipe do TFU sagrou-se campeã .
Tanto nos jogos masculinos como nos femininos a emoção e a animação era o sentimento predominante, enquanto as equipes jogavam, o ginásio inteiro se animava com os jogos.

Segue-se abaixo a entrevista realizada com a professora Célia Xavier, uma das professoras responsáveis pela organização deste evento.

1. Professora, com que finalidade foi promovido esse evento?
C.X.- A primeira finalidade, é que o evento fosse feito como parte da semana da cultura, no Colégio Dr. Trajano Nobrega, além do incentivo de promover o esporte.

2.O torneio superou as expectativas?
C.X- O torneio superou muito as expectativas e surpreendeu na interação.

3. Haverá outros torneios?
C.X- Sim. Haverão outros torneios, um em outubro e outro no fim do ano.

4. O que faltou neste torneio, e você espera encontrar no próximo?
C.X- Que os prómixos torneios tenham maior participação do corpo docente e dos funcionários.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Resultados das Olimpíadas de Matemática

Alunos classificados para segunda fase da OBMEP
24 de Outubro (sábado): 14:30 h (horário de Brasília) Provas da 2ª Fase


NIVEL 1 (6º ano e 7º ano)
COLOCAÇÃO ALUNO TURMA NUMERO DE QUESTÕES ACERTADAS
1º José Balarmino 7 º B 9
2º Luis ivan 6º A 8
Mayara Moura 6 C 8
Karina Lucena 7º A 8
Tiago Leite 7º B 8
Suenia Luciana 7º B 8
Bianca Rodrigues Cunha 7º B 8
8º Pedro Lucas 6º A 7
José Carlos 6º C 7
Bianca Rodrigues de Farias 7º A 7
José Augusto 7º A 7
Leticia Maria 7º A 7
Maria thaise 7º A 7
Petrucia Marcilia 7º A 7
Rayssa Rayane 7º A 7
Zeugma Marcela 7º A 7
Ana Claudia 7º B 7
Maria da Conceição 7º B 7
José Romildo 7º C 7

NIVEL 2 (8º ano e 9º ano)
COLOCAÇÃO ALUNO TURMA NUMERO DE QUESTÕES ACERTADAS
1º Francisco Chargas 8º A 8
Amanda Miguel 9º B 8
3º Jefferson Costa 9º B 7
4º Maria Luiza 8º B 6
Helder Gouveia 9º A 6
Yurierly Karoline 9º A 6
Sabrina Gabriela 9º B 6

NIVEL 3 (1º ano, 2 º ano e 3º ano)
COLOCAÇÃO ALUNO TURMA NUMERO DE QUESTÕES ACERTADAS
1º José Artur 3º B 9
2º Jorge Jaco 3º B 8
Adeildo 3º B EJA 8
Fabio Ferreira 2º B 8
Raiana Moreira 1º A 8
Erivonaldo 1º A 8
Clara Geovana 1º A 8
André Phillipe 3º C 8
9º Diego Araújo 1º A 7
Maria tassiana 1º C
Isabella Morreira 1º D
Icerlima Bezerra 2º A
Vaneuma Fernandes 2º B
Roberio Domingos 2º B EJA
Anderson José 3º A
Anderson Rodrigo 3º A
Dionellis Tiago 3º A
Juliana Karol 3º B
Karol Wojtyla 3º C
Joseana Lucena 3º C

domingo, 30 de agosto de 2009

UMA REFLEXÃO SOBRE A GLOBALIZAÇÃO

UMA REFLEXÃO SOBRE A GLOBALIZAÇÃO
Suzana Gomes*

Quero iniciar, fazendo uso da característica que distingui o humano dos demais animais, ou seja perguntando.Globalização o que é isso?
Dentro do pressuposto ético da contemporaneidade, pressupõe-se que todos sabemos o que é globalização. Para tal investem pesadamente nos aparatos de controle ideológico para manter as massas dormindo e sonhando com o maravilhosa aldeia global. Este sonho como que uma replica do mundo das idéias proposto pela filosofia grega , todos são profundos conhecedores do processo de internacionalização do capital. Entretanto quando paramos para fazermos uma investigação profunda e radical sobre o tema supra, salta-nos questionamentos e faltado-nos respostas, os mitos e fabulas que nos são contados pelos formadores de opinião não são nem de longe condizente com a realidade vista no processo da globalização, o que a massa tem visto e tão somente aquele perfil maquiado da globalização, com aparência de belo, essa falsa beleza é amplamente utilizada para manutenção da lenda que coloca a globalização coma a super Cinderela da contemporaneidade.


A sociedade de consumo, estabelecida apartir da revolução industrial, tem varias multifacetadas, no propósito de manter o controle e garantir a continuidade do domínio do capital, bem como assegurar-lhe a sua multiplicação. Esse processo histórico é doloroso e perverso, com aqueles que não fazem parte da elite dominante. Portanto não seria diferente com a internacionalização do capital. No processo atual tem se utilizado da multiplicação da informação,criando assim uma impressão de democratização tecnológica. Levando as massas a crerem cegamente (por meio da muita luz da informação) que o mundo atual e maravilhoso, estar tudo informatizado, mecanizado, robotizado, temos tecnologia para resolvermos todos os problemas. No entanto esse discurso é falso, a mecanização tem gerado grandes dividendos para o donos do capital. Para as massas o que tem sobrado e o desemprego e o subemprego, alem do arrocho do salarial. Essa realidade modificou ate mesmo as atividades sindicas, que antes lutavam por ganho real no salário, hoje timidamente participam de rodadas de conversações para que postos de trabalhos sejam mantidos. A mudança estrutural ou seja apartir da transformação da estrutura produtiva, tem gerado o desemprego estrutural, sendo assim os postos de trabalhos destruídos por mudanças estruturais jamais voltaram a existirem. O mais grave em relação a esse face da globalização é o fato de que os trabalhadores atingido pelo desemprego estrutural são aqueles de menor preparo técnico e educacional. Esse processo gera uma grande quantidade de desempregados, que se tornaram inativos economicamente falando, por não mais estarem aptos as necessidades do mercado de trabalho. Vitimas da globalização passam a viverem a aplaudirem programas assistencialistas do governo, pois muitos destes terão, como única renda uma daquelas bolsas mágicas propostas pelo governo, ou quando muito estarão atuando coma subempregados. Essa face cruel da globalização esta presente em todas as economias do mundo na contemporaneidade. E podemos perceber os seus tentáculos nas praticas globalizadas da economia brasileira.


Ao mesmo tempo em que percebamos a crueldade do processo da globalização, descobrimos a necessidade de uma intervenção que venha a desconstruir a filosofia operante do mesmo, nessa desconstrução, promoveremos uma mudança no enredo da opera, propondo assim a construção de uma outra realidade, bem verdade que globalizada, haja visto o homem contemporânea possuir uma consciência universal, nela propondo a criação de uma sociedade na qual vislumbraríamos um “mundo como ele pode ser” essa outra globalização proporia uma pratica que fosse capaz de gerar um dinamismo entre massa e filosofia, que possibilitaria as massas o conhecimento do real, que por sua vez geraria uma sociedade mas fraterna, mais justa e mas igualitária.

*Suzana Gomes, professora de Geografia no ensino fundamental e médio, na Escola Estadual Dr. Trajano Nóbrega em Soledade-PB

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

aprender

A superioridade do belo artístico sobre o belo natural em Hegel

A superioridade do belo artístico sobre o belo natural em Hegel

Mariana Cruz

A filosofia da arte de Hegel tem como um dos pressupostos a relação do homem com a natureza. Apesar de, inicialmente, tal relação ser algo externo, é através da modificação da natureza pelo homem que ele toma consciência de si. É nesse ato que fica impressa sua subjetividade. Ao modificar a natureza com fins artísticos, ela, que antes era algo estranho, exterior a ele, passa e lhe pertencer. Tais alterações são criações do sujeito, são tiradas de seu interior e colocadas no objeto; sendo assim, fazem parte dele. Ao ver essas modificações materializadas no objeto, é como se visse a si próprio refletido.

Quanto maior for a espiritualidade contida na obra, isto é, na natureza modificada pelo sujeito, maior será o reconhecimento e o seu grau de universalidade.

Hegel considera a obra de arte como a forma mais elevada de produção de si mesmo nas coisas exteriores. O artesão não é considerado um artista, ele está em um estágio inferior porque seu trabalho, apesar de ser também produção, uma transformação da natureza (e, devido a isso, também uma produção de si mesmo), é um trabalho instintivo, como o das abelhas ao construírem sua colmeia ou o da aranha ao fiar sua teia. Hegel considera a obra do artesão um objeto ainda vazio de espírito. Mas, na medida em que tal obra vai se tornando mais orgânica, ele vai tendo um conhecimento de si cada vez maior.

A arte se insere entre os produtos mais elevados do espírito porque é através dela que o homem ganha a percepção de si mesmo, é quando o homem transforma algo alheio ao espírito em algo próprio. É o processo de idealização sensível. Cada ser vivo já está expressando a ideia para que ela se revele. Como se isso não bastasse, o homem duplica esse processo de idealização da vida, ele se apropria da natureza (que já é por si mesma manifestação da vida) e dá uma nova organização a ela, transformando-a em manifestação do espírito (aí não é mais o belo natural e sim o belo artístico, espiritual). Vemos assim que a obra de arte não é um fato e sim um processo, um produto do trabalho humano. A arte é a manifestação sensível da ideia. É o lugar onde a ideia pode ser contemplada.

Para Hegel o belo artístico é superior ao belo natural, pois a criatividade reside no primeiro. A transformação de algo natural em algo espiritual é que faz com que o homem se reconheça enquanto espírito.
Referências bibliográficas

GONÇALVES, M. C. F. O belo e o destino: uma introdução à Filosofia de Hegel. São Paulo: Loyola, 2001. 376 p.

HEGEL, G. W. F. Fenomenologia do espírito. Parte 1. Petrópolis: Vozes, 1992.